Como fenômenos políticos e culturais, as epidemias – como da tuberculose, da malária ou do Covid-19 – estão vinculadas a uma classe social e “não são democráticas. Podem afetar a todos, mas os que mais morrem são os pobres, os mais vulneráveis. Não há epidemia que haja afetado mais aos ricos do que os pobres”, afirmou em entrevista ao jornal “El País” o historiador argentino Diego Armus, conferencista confirmado da mesa de debates História entre epidemias do 6º Festival de História, a realizar-se no Teatro Santa Izabel em Diamantina (MG) a partir das 14h30 do dia 22 de outubro, com transmissão ao vivo pela Internet.
Doutor em História pela Universidade da Califórnia e professor de História Latinoamericana no Swarthmore College, nos EUA, desde 2001, Diego Armus dedica-se à investigação das enfermidades como acontecimentos políticos e culturais e em seu livro “La Ciudad Impura. Salud, Tuberculosis y Cultura en Buenos Aires, 1870-1950”, ele revela como a tuberculose se vinculou na capital argentina a uma classe social e até mesmo a um tipo de tango, “La milonguita”.
No Brasil, ele publicou em co-edição com Gilberto Hochman o livro de referência “Cuidar, Controlar, Curar. Estudos de História da Saúde e da Doença na América Latina e Caribe”, tendo participado ainda da coletânea “Diário da Pandemia – O olhar dos historiadores”, escrito no calor da hora da disseminação do Covid-19 no ano passado.
Mesa de Debates: História entre epidemias
Quando: Sexta-feira, 22/10, a partir das 14h30.
Como participar: a mesa será transmitida pelo YouTube, com a participação presencial no Teatro Santa Izabel condicionada aos protocolos sanitários e de segurança vigentes em Diamantina à época.